Fertilidade masculina: 5 causas da queda na contagem dos espermatozoides
Pesquisa feita na Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, e na Escola de Medicina de Monte Sinai, nos Estados Unidos, aponta que a concentração de espermatozoides que os homens liberam durante a ejaculação caiu 51% nos últimos 50 anos.
Os pesquisadores calcularam que, nos anos 1970, os homens tinham 101 milhões de células reprodutoras por mililitro de sêmen, em média. Esse valor caiu para 49 milhões recentemente.
Além da quantidade, as evidências também apontam uma queda na qualidade dos gametas masculinos: a porcentagem de células aptas a entrar no óvulo vem sofrendo baixas consideráveis nas últimas décadas.
Existem pelo menos cinco causas para essa baixa. São elas:
1. Obesidade
Os quilos extras promovem um verdadeiro de pacote de mudanças maléficas aos espermatozoides. O crescimento do tecido adiposo, que estoca a gordura, libera substâncias inflamatórias que afetam diretamente a testosterona, um dos hormônios mais importantes na produção dos gametas masculinos.
2. Abuso de substâncias
Álcool, cigarro, vaper, narguilé, maconha, cocaína, anabolizante afetam a saúde dos gametas masculinos.
3. Infecções sexualmente transmissíveis
Doenças como clamídia e gonorreia, causadas por bactérias, podem provocar uma inflamação no epidídimo.
Essa estrutura se conecta à parte superior dos testículos e é responsável por armazenar os espermatozoides. Uma alteração ali, portanto, representa um risco à sobrevivência dos gametas.
4. Computador no colo
Estudos publicados na última década revelaram que o hábito de ficar com o notebook no colo representa um risco a mais para a fábrica de gametas. Isso porque a bateria do aparelho esquenta — e pode acabar "cozinhando" os espermatozoides.
5. Disruptores endócrinos
Agentes e substâncias químicas que promovem alterações no sistema endócrino humano e nos hormônios.
Entre eles, poluentes detectados na atmosfera, além de plásticos e pesticidas.
Essas moléculas têm uma estrutura muito parecida a de hormônios do nosso corpo.
Com isso, essas substâncias conseguem se encaixar nos receptores das células e desencadear alguns processos indesejados no nosso corpo.
Um desses desdobramentos detectados em estudos recentes tem a ver justamente com a fertilidade masculina.
Além dos fatores ambientais e comportamentais por trás da queda nos espermatozoides, há outras questões intrínsecas que também contribuem para o fenômeno.
Genética: estima-se que entre 10 e 30% dos casos de dificuldade para ter um filho tenham a ver com algum problema no DNA masculino.
Envelhecimento e ao fato de os homens buscarem a paternidade cada vez mais tarde.
O que fazer?
Para quem deseja ter um filho, o primeiro passo em prol do aumento das chances de sucesso envolve fazer algumas mudanças no estilo de vida e, assim, reverter os processos deletérios aos testículos.
Isso envolve, por exemplo, manter ou perder peso por meio de uma alimentação equilibrada e da prática regular de atividade física. Evitar completamente bebidas alcoólicas, cigarros e outras drogas também é uma recomendação básica.
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