Avanços na descoberta para prevenção do Câncer de Próstata

Fernando Marsicano 27 de Setembro de 2021

Um tumor de  próstata pode crescer ao longo do  tempo sem apresentar qualquer sintoma e, com isso, oferecer o risco de ser diagnosticado de forma avançada somente num momento em que o paciente apresente algum sintoma. Diagnosticado em fase inicial, os tumores têm chances de cura que variam de 70% a 90%, conforme o tratamento.

A perspectiva para o paciente está próxima de pode ser melhor ainda. Na primeira semana de dezembro participei do Congresso Americano da Sociedade de Urologia Oncológica. Um dos grandes momentos abordados foram os testes genéticos que já estão sendo feitos com objetivo de apontar aqueles pacientes com maiores riscos de desenvolver câncer de próstata, rim e bexiga.

De acordo com estudos realizados por pesquisadores americanos, os resultados das pesquisas  apontaram que, com o material obtido do paciente, é possível avaliar alterações genéticas que poderiam indicar predisposição para alguns cânceres, especialmente se associados a história familiar que manifestem tais tumores, e orientar esses pacientes sobre esses riscos, bem como, caso eles sejam tratados com  algum  tratamento inicial, quais poderiam se beneficiar de outras terapias complementares.

Isso pode fazer toda diferença na vida e saúde de pessoas de risco. Quando, desde a fase inicial é possível “cercar” o tumor de forma mais abrangente, as possibilidades de cura aumentam significativamente. Na melhor das hipóteses é possível, inclusive, decidir pela prevenção para evitar o surgimento do tumor.

Para exemplificar melhor, temos o exemplo da atriz americana Angelina Jolie. Ela decidiu buscar orientação médica com relação ao câncer por se enquadrar num grupo de risco. Sua mãe morreu após lutar por 10 anos contra a doença. Ao se submeter a exames genéticos, os médicos identificaram a falha nos genes BRCA 1 e 2. Orientada pelos médicos, decidiu retirar as mamas devido ao grande risco de câncer no futuro.

Milhares de brasileiros se enquadram nos chamados “grupos de risco” devido ao fato de familiares também terem desenvolvido a doença. O avanço destes resultados vai dar mais chances aos pacientes e nos possibilitar oferecer ainda mais opções de tratamento.


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