Enfrentar o diagnóstico de câncer, ou até mesmo a suspeita da doença, é um fardo pesado. Mesmo que os exames preventivos, tratamentos e possibilidades de cura tenham avançado consideravelmente nos últimos anos, o câncer ainda carrega a fama de uma sentença de morte.
Além do impacto dos sintomas na saúde física do paciente, a notícia traz um abalo psicológico muito forte. No caso do câncer de próstata, há ainda um outro fator agravante: por ser um órgão ligado ao sistema reprodutor masculino, pode afetar a vida sexual do homem e abalar ainda mais sua autoestima.
Diante da notícia, o paciente pode acabar adotando um comportamento apático e passivo, buscando o isolamento, a omissão do diagnóstico dos familiares, depressão e até mesmo recusa ao tratamento.
Mas esse cenário catastrófico que o diagnóstico trazia já não corresponde à realidade. O tumor do câncer de próstata tem crescimento lento na maioria das vezes, e pode ser detectado com antecedência e tempo viável para tratamento, desde que o homem siga as recomendações e faça o exame preventivo.
Além da evolução dos tratamentos e das chances de cura, que hoje são de 91% a 100%, se descoberto no estágio 1 da doença, os hospitais e centros de tratamento oferecem ainda uma abordagem multidisciplinar de tratamento, com equipes de psicólogos para atendimento ao paciente e a família. Esse trabalho é feito por meio do contato e diálogo com os pacientes, para conhecer suas expectativas e medos, e assim ajudá-los a atravessar esse momento.